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ENTREVISTA COM MORADORA DO BELVEDERE

A entrevistada dessa vez foi Sofia Filizzola, 16 anos, estudante do Ensino médio, residente no bairro Belvedere.


Você mora aqui no bairro Belvedere há quanto tempo?

Bom, me mudei pra cá muito nova, acompanhando minha família e isso já completa 10 anos.


Sempre na mesma residência, ou já se mudou para outra aqui mesmo no bairro?

Quando mudamos para o bairro, morávamos em uma Casa, mais com o tempo uma irmã minha se casou, e a casa ficou grande para minha família, então compramos um apartamento próximo a lagoa seca, pois meus pais adoram praticar suas caminhadas e também facilita o acesso a tudo.


Por a escolha de você e de seus familiares pelo bairro Belvedere?

Como eu tinha dito na outra pergunta, vim bem nova morar aqui com meus pais, e ate hoje o que eles me passam, da o entender de que é pelo trabalho deles que é mais próximo e também por ser um bairro que sempre esta em crescimento nos favorecendo em quase tudo.


Como você disse, seus pais fazem uso da Lagoa Seca, para realizar suas atividades físicas, e você?

Bom, (risos) Eu não vou mentir uso muito de vez em quando, tenho muita preguiça. Normalmente quando eu vou, é quando a minha mãe me da uns puxões de orelha, dizendo que a abandonei não indo caminhar com ela, ai eu vou uns dias e nos outros volto a minha rotina normal.


E sua Rotina normal, qual seria?

Minha rotina normal é bem simples. Levanto cedo, busco pão pra minha família, tomo meu café com eles, que por sinal são poucas as horas que conseguimos nos juntar ao dia, e vou para a aula. Como eu estudo aqui no bairro vou a pé mesmo, volto da aula almoço e normalmente quando tenho exercício da escola os faço, logo após tomo um banho, e vou para o shopping encontrar com minhas amigas. Às vezes vamos ao cinema, às vezes ficamos o dia inteiro rodando lá dentro, depende do nosso humor (risos).


Concluindo, você que você é moradora do bairro há 10 anos, apesar de ser bem jovem, o que você tem a dizer do desenvolvimento do bairro, como você passa isso pra gente?

Olha, o que eu posso dizer a você é que quando mudamos para o bairro, eram simplesmente casas e o BH shopping era bem pequeno, estava se desenvolvendo ainda, como ate hoje, ele continua se expandindo. Mas o grande incômodo aqui é o barulho das obras, que nunca se finalizam, pois acabam um prédio aqui, mais ali na esquina esta prestes a começar a construir.. Mais no mais não tenho o que reclamar do bairro, gosto muito daqui e acho que não o trocaria.

ENTREVISTA COM MORADORA DO BELVEDERE

Entrevista com Lucia Andrade, 68 anos, mora no Belvedere há 20 anos.



Há quantos anos a senhora mora no bairro?

Moro no bairro há 18 anos, me lembro como se fosse ontem, só havia casas no bairro, e com o passar dos anos, e com desenvolvimento a expansão de prédios foi aumentando e se multiplicando, e hoje em dia é o que se pode ver.

Há senhora mudaria do bairro por algum motivo?

Não, eu me sinto muito satisfeita com tudo que o bairro me oferece, sinto conforto, segurança, um ar mais puro, por ficar mais próximo de Nova Lima, que ainda existe muito verde. Também tenho acesso a quase tudo, o bairro tem uma ótima estrutura, de supermercados, padarias, salão de beleza, shopping e muitas outras coisas

Está satisfeita em todos os aspectos, como moradia e segurança?

Não irei dizer que não, porque seria impossível, um número tão grande de pessoas habitando hoje em dia, e o número de habitantes de antigamente. Antigamente as residências ficavam mais distantes umas das outras, dando mais liberdade para as famílias. E já hoje em dia o numero de pessoas é tão grande que essa liberdade que a gente tinha já não existe mais, a não ser quem ainda reside em casas. O transito também aumentou alguns engarrafamentos, um grande fluxo de carro, mas nada que nos atrapalhe já que o bairro nos oferece muitas coisas que vale a pena aturar essas coisinhas.

Quais são os principais atrativos do bairro, em sua opinião?

Na minha opinião, um dos atrativos do bairro é a nossa pracinha, pois como pratico minha caminhada todos os dias, observo que muitas pessoas vêem de fora para realizar suas caminhadas, alongamentos. Também gosto muito da feira orgânica, que é realizada uma vez por semana próximo da praça.

Para você, que já mora aqui a mais de 20 anos, o que você viu mudar no Belvedere?

Participei muito perto das principais mudanças que ocorreram no bairro pois meu falecido marido participava da associação dos moradores. Então vi mudanças em leis, que possibilitaram a construção de vários prédios, além de questões de disposição de tráfego e outras coisas. Foram muitas mudanças, mas para quem mora aqui há tempos como é meu caso, nunca se perde a essência. Pra mim é o mesmo Belvedere de sempre.

ENTREVISTA COM MORADOR DO BELVEDERE

Entrevistamos no sábado, dia 24 de Maio de 2008, Rodrigo Augusto de Alcântara Vasconcelos, morador do Bairro Belvedere. Rodrigo tem 23 anos, cursa Design gráfico na FUMEC, e mora no bairro desde que nasceu.

Como foi para você acompanhar esse crescimento do bairro?

Na verdade foi bem interessante. Quando nasci, meus pais já moravam aqui no bairro, foram inclusive dois dos primeiros moradores daqui. Pra mim no começo foi um pouco difícil, quando era mais novo. Ao redor daqui só existiam lotes, e as casas foram aparecendo aos poucos. Então não tive uma infância daquelas cercadas por amigos que moram perto. Meus amigos eram só os do colégio, em outro bairro. Com o tempo foi aparecendo mais e mais gente e agora já está bem diferente. Vejo nas ruas o que não via na minha época de criança.

Como você usufrui do bairro nos dias de hoje?

De várias maneiras. Tem o BH Shopping, que é cheio de opções; A pracinha (região da Lagoa Seca) que fica sempre muito movimentada. Gosto de andar de vez em quando, levo os cachorros, é interessante. Costumo sair mais a noite, gosto muito do Krug bier, mas na maioria das vezes vou para outros bairros. Mas em questão de comércio, trabalho e etc., o bairro não deixa nada a desejar.

E essa enorme quantidade de prédios, aumento do fluxo de trânsito...

São problemas que uma hora ou outra iriam ocorrer. Não foi só o bairro que cresceu. A cidade cresceu. Claro que eu não gosto dessa quantidade de prédios daqui. Fica feio. Prefiro muito mais a parte das casas, onde eu moro. O trânsito é realmente caótico e só piora a cada dia. Vou todos os dias a faculdade de carro e demoro praticamente uma hora para chegar lá.

Você vê algum outro tipo de problema ocasionado pelo desenvolvimento?

Acho que não. Acho importante lembrar que não são só fatores negativos que vem com esse tipo de crescimento. O bairro hoje já é independente, não se tem mais a necessidade de sair daqui para procurar opções.



Existe alguma coisa, em sua opinião, que ainda pende de desenvolvimento no bairro?

Com certeza opções de lazer. O shopping é legal, alguns poucos bares que tem aqui também, a pracinha e tudo. Mas falta ainda muita coisa. Engraçado é que ainda tem muito espaço disponível. O bairro é muito grande.

O título que nós escolhemos para nosso trabalho é: Belvedere, de repente um bairro. O que você acha dessa afirmação?

Concordo. E digo mais: Daqui a alguns anos não duvido se o Belvedere se caracterizar como cidade. Essa independência de serviços que ocasiona isso. E digo daqui a alguns anos mas pode ser de repente também. Quem sabe?

Entrevista com frequentadores da Lagoa Seca

Conversamos no domingo, 18 de Maio, com André Pierazolli, 20 anos, vendedor; E Rafael Lasombra, 19 anos, programador, amigos que possuem o hábito semanal de correr na lagoa seca, famosa região do bairro Belvedere.

Há quanto tempo freqüentam o local?

André: Eu já corro aqui todos os domingos há muito tempo, cerca de 2, 3 anos. Já o Rafael começou ano passado, a meu convite.

Vocês são moradores do bairro?

Rafael: Não. Na verdade eu e André somos vizinhos, mas moramos no bairro Salgado Filho, que é um pouco longe.

E por que essa idéia de vir correr aqui no Belvedere, não existem locais para tal prática mas perto do bairro de vocês?

André: Até existem, mas nenhum se compara a lagoa. É muito bom correr aqui. E não falo só da lagoa, mas sim do bairro, porque nós sempre temos o costume de estender nosso exercício às ruas aqui do bairro, na área residencial. As ruas são muito tranqüilas e muito boas para a prática de exercícios.

E sobre o bairro, qual a opinião geral de vocês?

Rafael: Pra mim é um sonho. Gostaria muito de vir morar aqui futuramente. Até para poder continuar com essa prática todos os fins de semana e porque não todos os dias. Considero o Belvedere um bairro completo, com comércio muito bom, áreas de lazer muito interessantes, e muitos lugares para trabalhar inclusive.

André: Concordo. É um bairro que ainda não foi totalmente destruído pela urbanização, então ainda se vê muita vegetação, o que torna o cenário muito bonito. Fora as opções que o Rafael citou.

O que vocês podem dizer, partindo do conhecimento próprio de vocês, sobre o desenvolvimento do bairro nos últimos anos?

André: Sei pelo que ouço dos meus pais, que há não muito tempo, cerca de 20, 30 anos atrás, não existia nada na região. Era apenas uma imensa área que os jovens na época utilizavam para apostar corridas de carro.

Rafael: Verdade, pelo que sei também a área não tinha nada, e é muito estranho, porém interessante, pensar que de repente surgiu essa imensa quantidade de prédios, lojas, shoppings.

E vocês sentiram, de uma maneira ou de outra, impactos desse desenvolvimento? Já que com o crescimento do bairro vieram alguns problemas.

Rafael: Acho que o maior problema que o bairro enfrenta hoje é relacionado ao trânsito. Além de o bairro ter muitos moradores que trabalham no centro tem também os que trabalham aqui, que não são poucos, e complicam ainda mais o problema do trânsito. Ainda tem como agravante a presença de algumas faculdades no trevo seis pistas em Nova Lima. Como o Belvedere é a única passagem para Nova Lima, tem esse problema também.

André: Também acho que o principal problema é o Trânsito, mas não considero isso como um problema. A cidade inteira cresceu muito e já virou costume em todas as partes esse problema. Acho que o principal problema presente no Belvedere hoje é a segurança. Por ser um bairro de alto luxo, é um local muito visado.

Entrevista no hotel Caesar Business

Entrevistamos na terça-feira, 29/04/2008, a funcionária Juliana Araújo, chefe da governança do hotel Caesar Business, localizado no Belvedere. Através dessas entrevistas pretendemos extrair informações sobre o desenvolvimento do bairro Belvedere, que se deu em escala gigantesca nos últimos anos.

Qual a visão geral do hotel sobre o bairro?

O bairro Belvedere é um dos bairros mais modernos, bem planejados e de melhor infra-estrutura de Belo Horizonte. Tem o BH Shopping como grande referência comercial e é próximo às principais vias de acesso da cidade. Sua localização é privilegiada, facilitando o acesso aos escritórios de grandes empresas e aos principais aeroportos da cidade. Está num ponto estratégico da cidade, onde é possível se deslocar com facilidade para belas cidades históricas como Ouro preto, Mariana, Tiradentes e a outros pontos turísticos do estado.

O hotel sugere opções de lazer que o bairro oferece aos clientes?

Sim, oferecemos o BH shopping como centro de compras, restaurantes e lanchonetes.



Como foi para o hotel chegar a uma área com comércio já estabelecido, principalmente no período da sua inauguração?

A recepção que os comerciantes nos deram foi muito boa, pois também representamos novos negócios para eles. Nossos clientes contam com a possibilidade de usufruir do comércio local.



O fato de o bairro ter um comércio muito forte ajuda na captação de clientes?

Não muito, pois os nossos clientes são principalmente provenientes de empresas como a Fiat e suas afiliadas, Vale, Anglogold, por exemplo. Algumas vezes recebemos donos e decoradores das lojas do bairro. Mas em geral, os hóspedes provém de empresas

Já era um projeto de vocês a implantação de um hotel no Belvedere, já que em 2001 havia sido inaugurado um em Nova Lima?


Na verdade, os dois hotéis foram planejados juntos, só que o Alphaville ficou pronto primeiro. Tivemos alguns problemas com a prefeitura para liberação de alvará para funcionar no bairro, o que acabou atrasando a inauguração da nossa sede no Belvedere.